30 de abril de 2014

BUTAO - Onde a Felicidade Direciona o País


O Butão é o destino perfeito para quem quer se desligar da vida e conhecer um pouco da mentalidade do oriente, aquela, que desde tempos ancestrais, coloca em primeiro plano o conhecimento a serviço da evolução do ser humano.

Enquanto o ocidente aprendia matemática, física, química, línguas para adquirir mais coisas e mais conforto o oriente se preocupava em melhorar como ser humano e ser mais feliz.

O Butão conseguiu se preservar da cultura ocidental consumista. Agora, com muita cautela, está se abrindo as vantagens da tecnologia, mas com a preocupação de faze-la funcionar a bem do ser humano.

Prova disso é que o indicador mais importante por lá não é o PIB/GNP – Produto Interno Bruto e sim o FIB/GNH – Felicidade Interna Bruta, criado em 1972 pelo quarto Rei Dragão do Butão, Jigme Singye Wangchuck, como uma forma de sinalizar seu compromisso para a construção de uma economia com base nos valores espirituais budistas, onde o desenvolvimento material e espiritual ocorrem lado a lado para complementar e reforçar-se mutuamente . 

Os quatro pilares da FIB são o desenvolvimento sustentável, a preservação e promoção dos valores culturais , a conservação do meio ambiente natural e o estabelecimento de uma boa governança. 

Na minha visita ao país, constatei que o rei realmente falava sério. 

o aeroporto de Paro

Eu vi um país em crescimento, novas estradas, casas, escolas.

Vi uma estratégia completa para o crescimento do turismo, com a preservação da cultura e do meio ambiente. Começando com a regulamentação dos serviços, a construção de hotéis e restaurantes adequados, a formação da mão de obra, a mudança do sistema de ensino, incluindo o inglês como língua obrigatória e abrindo educação para a iniciativa privada para aumentar a capacidade de ensino.

Vi florestas preservadas e cidades limpas.

Vi também um povo onde a vida e a religião andam juntas, são parte de um todo, está presente em cada ato, em cada coisa. Todos os passeios incluíram templos ou atividades ligadas ao budismo, a vida deles é permeada da busca da iluminação, nenhum atividade, na família, na sociedade e no trabalho se dissocia dessa busca.

E uma boa governança, constada através da admiração e amor que o povo tem pelo seu Rei. Ele é um exemplo, quase um ídolo, o povo copia seus hábitos, como nós copiamos os dos nossos ídolos (no nosso caso cantores de rock, artistas de cinema...), se o rei anda de bicicleta, vira moda e ele é esportista.

Paro Chhu fluindo a beira do Paro Dzong 

Paro vista do alto

Por fim, EU FUI NO ANIVERSÁRIO DO REI!!!!!

No meio das montanhas, em um estádio com vista para as florestas, sentei nas arquibancadas repletas de Butaneses que foram lá cantar parabéns para o REI.

Centenas de jovens cantaram e dançaram para o rei e eu também! Nunca imaginei que ia cantar parabéns para o Rei do Butão, chorei!

Enfim se ele não estivesse fazendo um bom serviço eu teria percebido. Alguém imagina um estádio cantando parabéns para a Dilma?


Chegamos em Paro vindo de Kathmandu com a Drukair, a única companhia aérea que opera no país!!

Enquanto voamos cercados pelas paredes verdes das montanhas, como se fosso um portão de entrada para o Butão avistamos os rios prateados que correm ao longo dos vales, cascatas que se precipitam pelas encostas das montanhas arborizadas, e ao norte, os grandes picos nevados do Himalaia que se encontram com o céu. Casas de fazenda pontilham as encostas de ambos os lados do avião. 

Ao entrar no vale de Paro, olhando para baixo vemos o Paro Dzong, anteriormente uma torre de vigia e agora o Museu Nacional.

Ou seja a chegada é de cair o queixo! Ainda neste dia fomos conhecer o Paro Dzong, centro administrativo e monastério, construído em 1946. Em 1993 algumas cenas do filme O Pequeno Buda foram feitas lá.



nosso super guia Tsheten
O Paro Chhu nasce ao sul de Chomo Lhari (a montanha dos Deuses). Suas águas glaciais jorram torrencialmente através dos prados alpinos e desfiladeiros profundos do Parque Nacional Jigme Dorji, e descem para um vale amplo e aberto vale. O Paro Dzong é um grande exemplo da Arquitetura Butaneza.

Paro Chhu

Paro Dzong



O trabalho de marcenaria é tão lindo que fica difícil escolher a foto, o detalhe e o angulo...E esse é o lado de fora o templo não pode ser fotografado.







Depois da visita fomos para Thimphu a 55km de Paro, 1,5 hora de carro.

No dia seguinte fomos direto para as comemorações do aniversário do Rei. Chegamos cedo para pegar um bom lugar e aproveitamos para curtir a platéia Butanesa, a vista e o estádio.



Os estudantes também formaram a guarda do local.

Meus colegas Butaneses, muito simpáticos dividimos balas e batatinhas






O primeiro ministro fazendo seu discurso.



Após as varias apresentações de dança presenciamos a final da competição do homem mais forte do Butão, foi muiiito divertido. A prova realizada na pista da foto a seguir, consiste em carregar um tronco de 200 kg ida e volta, depois cortado ao meio com machadadas, carregar um saco de batatas até o outro lado e voltar com dois pneus de caminhão.

Em breve disponibilizarei o video.




Thimphu
a saída do estádio



Mais tarde visitando o Memorial Chorten tivemos a sorte de encontrar o vencedor da prova, o homem mais forte do Butão. 

A construção deste marco foi idéia do terceiro rei do Butão, Jigme Dorji Sua Majestade Wangchuk ( "o pai do Butão moderno"), que quis erigir monumento à paz e à prosperidade mundial . Concluído em 1974, depois de sua morte prematura, ele serve tanto como um memorial ao antigo Rei, como um monumento à paz. É continuamente circumambulado por pessoas, cantando mantras e girando rodas de oração. O homem mais forte do butão foi lá rezar e agradecer sua vitória.

Nós e o homem mais forte do Butão Trongsa Nyagoe

o time carregando a taça


rodas de oração do Memorial Chorten

Memorial Chorten


A imagens no butão são muito fortes e impressionantes, pelo menos eu achei.




Ainda neste dia visitamos o Trashichho Dzong, o centro do governo e da religião , local da sala do trono do monarca e sede do Je Khenpo ou Chefe Abade . Construído em 1641 pelo unificador político e religioso do Butão, Shabdrung Ngawang Namgyal , foi reconstruído em 1960 da forma tradicional do Butão , sem pregos ou projetos arquitetônicos .

Presenciamos a cerimonia de recolhimento da Bandeira realizada pela guarda nacional e pelos Lamas. 

De longe avistamos a casa do rei, nada de luxo excessivo.




Os templos são as coisas mais lindas, impressionantes e comoventes, mas não podem ser fotografados... Ou seja tem que ir lá.


a porta do templo e o celular mais onipresente que tudo!

reparem nas imagens atrás dos guardas

Os Lamas conduzem a Guarda para o recolhimento da Bandeira

O Budismo está presente em tudo!




Terminamos o dia no mercado de artesanato local. Irresistível, tecidos, máscaras, esculturas, artefatos religiosos e outros. Fiquei tão empolgada que esqueci de tirar fotos..




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