12 de março de 2017

CUBA - Música, Dança e La Revolución





Cuba estava nos meus planos faz tempo, assim como as próximas férias. No último ano trabalhei que nem cachorro, num ambiente politico desgraçado e me prometi que no próximo iria compensar o tempo que fiquei acorrentada! 


Chegou a hora, era carnaval, as coisas estavam sob controle no trabalho e saí a programar. Lógico que, como previsto na “Lei de Murphy”, uma semana antes tudo mudou e nada estava sob controle, mas aí já era tarde.

Tive 15 dias para decidir roteiro, comprar passagem, renovar passaporte, tirar visto e fazer a maldita vacina de febre amarela, que neste momento, neste país é uma epopeia.

Comentário: eu, com passaporte vencido, já é um sinal de que alguma coisa está muito errada na vida da pessoa......

Detalhe: descobri que tinha tomar a vacina por acaso. Quando comecei o plano não era necessária, consegui no último dia que não seria barrada no embarque! Até o cara do check-in teve um frio na barriga quando conferiu a data.



Depois de alguma pesquisa e discussão entre as parceiras de viagem (eu e minha querida filha Olivia) decidimos o tempo, o roteiro e onde ficar. O tempo limitado pelos compromissos de trabalho e o roteiro com dicas de amigos. Escolhemos ficar na casa de Cubanos, afinal estávamos indo lá para conhece-los e saber como e a vida em terras socialistas. Havia a opção de alugar um apartamento só para nós, mas queríamos estar com eles então pegamos só um quarto e foi a melhor coisa que fizemos!

O roteiro ficou assim:

Dia 1- Chegada em Havana às 10:30. Deu tempo de ir para casa, trocar uma ideia com nossos hosts e ir para o teatro tentar comprar os ingressos do ballet. Era o último dia e eu não consegui, de jeito nenhum, comprar daqui do Brasil.

O Gran Teatro de la Habana fica no Parque Central, ao lado do Capitólio Nacional. Dedicamos o dia a conseguir estes ingressos, mas conseguimos por conspiração do universo. A bilheteria do teatro estava fechada e todos informavam que os ingressos estavam esgotados!

Desoladas, resolvemos almoçar no restaurante mais chic da área, no hotel IberoStar, pois estávamos “viradas” da viagem e do stress paulistano. Na saída resolvi dar uma de tonta e perguntar ao concierge se ele conseguia ingressos para o ballet. Em 5 minutos ele pegou o telefone e conseguiu. Aí ele perguntou qual era nosso quarto....

Com nosso encanto confessamos que não estávamos no hotel, mas mesmo assim o Edwin, cumpriu o prometido e falou para irmos pegar os ingressos em 1 hora. Corremos até em casa trocamos de roupa e voltamos para pegar os ingressos, ainda meio deconfiadas se ia dar certo.... Mas ele cumpriu a promessa!

Depois do ballet voltamos lá para agradece-lo de todo o coração. O ballet foi maravilhoso e ainda teve a presença da grande Alicia Alonso, a bailarina que dá nome ao teatro. Já valeu a viagem!

Como já estávamos intimas do Edwin perguntamos se ele não arrumaria tickets para o show Buena Vista Social Club... Conseguimos na hora! 




Dia 2 – Havana e show Buena Vista Social Club. Era segunda feira e muitos museus estavam fechados, mas deu para fazer bastante coisa. Percorremos a pé Havana Vieja passando pela Plaza San Francisco de Asis, Plaza Vieja, rua Mercaderes, hotel Ambos Mundos onde morou o escritor Ernest Hemingway, Plaza de Armas, Plaza de la Catedral e La Bodeguita del Medio, onde Hemingway tomava mojitos. No fim pegamos um ônibus de city tour e demos uma big volta em Havana passando pela feira de artesanato, Plaza de la revolucion, Vedado, Hotel Nacional, malecón, av. dos presidentes, fomos até o bairro de flores passando por muitos hotéis ao longo da costa e pelas embaixadas Russa e Americana.

Estávamos amando Cuba! Tudo muito lindo, vivo, colorido, música por todo lado e muita historia! A plaza de armas é emocionante, suas edificações representam um pouco de tudo pelo que o povo desta ilha já passou. Todas suas lutas, algozes e heróis. , ouvindo toda a história, tive a impressão que o povo anda cansado, perdeu a energia de um jovem e ao envelhecer, depois de tanta luta, percebeu que no fim sempre acaba no mesmo, os que estão no poder se locupletando e o povo ferrado. Acho que foram-se os tempos das revoluções, agora as lutas serão pessoais e as mudanças gradativas. Sei lá, é só um palpite, não entendo nada disso. 

Plaza de Armas

Plaza de Armas

Dia 3 - Havana - Museu de la Revolucion, tentativa de entrar na escola de dança de Havana, Museo Nacional de Belas Artes e jantar no restaurante D. Eutimia, comida maravilhosa, perto da plaza de La Catedral.

O Museu de La Revolucion é outra coisa que já vale a viagem, a história da luta é muito emocionante, cheia de paixão, ideais, heróis e inimigos horrorosos, com capítulos de sucesso e fracasso, mas que culmina na queda de uma ditadura financiada pela exploração capitalista! Enfim tudo que um ser humano gostaria de ver no mundo real. 


Tanque soviético T-34 - el mejor de su tipo en la II Guerra Mundial. Utilizado por Fidel durante las acciones de Playa Girón.

Dia 4 - Havana – Viñales – Havana e na volta ainda deu tempo de ir ate a Fortaleza San Carlos de la Cabaña para assistir a Cerimonia do Cañonazo, que acontece todos os dias às 21h.

No caminho para o Valle de Viñales, paramos em uma fazenda de tabaco para aprender um pouco. O campesino nos disse que é lá, em Pinas del Río, a província mais ocidental de Cuba, onde se fabrica o melhor tabaco do mundo! Adorei o cheiro das folhas secando. 

Paramos no Mirador de Los Jazmines para apreciar o Valle de Viñales e acabamos almoçando em um restaurante ao lado, muito bom, muita comida! Depois seguimos o rito turístico e visitamos o Mural de la Prehistoria, e a Cueva del Indio, com passeio de bote por seu rio subterrâneo. O lugar é lindo e talvez seja legal dormir 1 noite por lá para desfrutar melhor da vida campesina. O melhor do passeio foi o casal do Alasca, mãe e filho que fizeram o percurso conosco, muito simpáticos e o reencontro com o casal de alemães que sentou na nossa mesa no show do Buena Vista!

secagem do tabaco

Plantação e colheita do tabaco

Dia 5 – Havana – Demos mais uma caminhada por Havana Vieja, paramos no que achamos interessante e seguimos rumo Capitólio, pois queríamos comprar charutos. Acabamos passando novamente pela escola de dança, insistimos de novo para entrar e dessa vez conseguimos!

Demos muita sorte! Ficamos por uma hora assistindo ensaios de flamenco! Um dueto masculino, de arrepiar, um trio feminino ao som de “fever”, para lá de sensual e um grupo de mulheres com leques e cadeiras. Tem coisas que já valem a viagem, esta foi uma delas. Mas tiveram tantas que a viagem valeu por 10.

De lá pegamos um conversível e fomos dar um rolê no Malecón e tomar um mojito no Hotel Nacional. A noite voltamos para ir ao club de jazz Lazorra y el Cuervo, muito bom! Tem que chegar 21:30 para pegar lugar na fila.





Dia 6 – Havana - CIienfuegos - Trinidad – Contratamos um taxi para nossa viagem, combinamos um Chevrolet 1950 e chegou um lada 1960, depois de muita briga ficamos com o Chevrolet 1937. Depois descobrimos que pagamos mais que o dobro do que seria o preço de mercado. E aí você pergunta? Mas que mercado se estamos no socialismo? Pois é, acho que não existe um mundo socialista puro, ha sempre alguém cobrando por um serviço e um mercado regulado pela oferta e a procura. E no mercado negro, que é o caso de Cuba, onde o serviço não poderia sequer estar sendo ofertado, não ha regulação, então a oferta e demanda falam ainda mais alto! Sem contar os turistas desinformados como nós, que caem de bobos. Mas a partir daí ficamos espertas, não entravamos mais em nenhum taxi sem negociar o preço pela metade.

Resolvidos os impasses pegamos a estrada para Cienfuegos, a única cidade da ilha que foi fundada pelos franceses. Paramos no Parque Martí e demos uma volta pela Casa del Fondo de Bienes Culturales, Catedral Purísima Concepción e o Palacio del Valle, mas o que mais gostamos foi Teatro Tomás Terry, esculpido internamente como uma jóia, uma volta no tempo, lindo! E com um pianista tocando no palco foi um momento raro.

La Revolución está em todos os lugares

Antes de seguirmos para Trinidad, paramos para almoçar a beira mar no restaurante El Lagarto. A localização é privilegiada e a decoração “sui generis”, mas a comida é cara, pouca e não é boa. Comemos muito melhor em outros lugares!

A chegada em Trinidad foi divertida, o endereço do airbnb não estava correto, ficamos um tempo tentando achara casa. O taxista tentou nos ajudar, mas como tinha outro trabalho nós o liberamos e ficamos de mala no parque central. Em 5 minutos tinham umas 10 pessoas tentando nos ajudar e em mais 20 apareceu a dona da casa nos procurando. O taxista tinha ligado para ela avisando que estávamos perdidas nas redondezas.

A casa de Elena era linda, o quarto ótimo e a comida uma delicia.

Depois de instaladas fomos ao reconhecimento de área, primeiro a internet, conseguimos no parque central. Depois de colocar a vida em dia, voltamos para casa para jantar. O camarão, preparado sob encomenda estava maravilhoso.

Depois fomos conhecer as casas de música e dança da cidade. Começamos por uma apresentação de dança afro cubana no Pallenque de Los Congos Reales, grátis e muito bom! Depois ainda demos uma olhada na Casa de La música e Casa de La Trova, tudo pertinho e a céu aberto. Mas deixamos a balada mesmo para o dia seguinte.

casa de Elena

Dia 7 – Trinidad – A cidade é uma das primeiras vilas fundadas pelos espanhóis no início do século XVI e foi declarada pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade. Depois de um café completo fomos passear pela cidade. Começamos pela Plaza Mayor e o museu da cidade, que tem uma vista maravilhosa do alto da torre. Fizemos um circuito a pé recomendado pelo lonely planet passando por bairros mais afastados da zona turística, foi bem gostoso.

Após o almoço pegamos um taxi e fomos para praia. Consegui um snorkel e mergulhei com peixes e corais em águas caribenhas.

A noite muita salsa na Casa de La Música, Casa de La Trova e Rincón de La Salsa, ficamos circulando e dançando. Na volta para Havana, dividindo um taxi com nossos novos amigos do Alasca, descobrimos que perdemos a disco La Cueva...Um balada dentro de uma imensa caverna!

Dia 7 – Trinidad – Já tínhamos feito tudo e ficamos na curtição. Procuramos a escola de salsa que Elena tinha nos recomendado e resolvemos fazer uma aula, agora já estamos mais aptas a aceitar os convites dos cubanos! A tarde voltamos a praia!

Jantamos no restaurante San José, muito bom e não conseguimos encarar mais uma noite de dança... pena porque não pudemos praticar, agora que já estamos experts! 

vista panoramica de Trinidad no alto do Museu histórico



Dia 8 – Trinidad – Havana – Aeroporto. Nas 4 horas do percurso, em um carro do século XXI, fomos trocando idéia com os Alasca para ver o que entendemos de Cuba, do Povo e do “Regime”. Eles também estavam bastante empenhados em entender os prós e contras de tudo. Discutimos também como fica o mundo com Trump e como ele foi parar lá. Acho que ainda não sabemos nada, mas pelo menos não pensamos que sabemos....


Nossos amigos do Alasca

Espero ter tempo para em breve postar as fotos do dia a dia! que são muitas e estão lindas!


14 de janeiro de 2016

MARAÚ - Zaratustra, Ásia, Esperança


O que tem a ver essas 4 coisas?

Elas foram os ingredientes das minhas férias ou mais um período de paz para reflexão. 

Saímos de São Paulo dia 24 naquele clima, entrega de relatório, festas de fim de ano, corre corre, despedidas.... A noite estava no paraíso, Prainha – Itacaré – Bahia em mais uma festa de Natal (a terceira), essa foi com amigos a beira da praia.

No começo da noite fomos agraciados com o nascer de uma Lua gigante e vermelha! 



um pedaço do paraíso na Terra

Começava o processo de desaceleração / descompressão. Depois de 2 noites aí já deu para dar uma recuperada e seguir para Maraú, onde ficamos os próximos 16 dias.

Nesse período deu para perceber alguns processos ocorrendo na minha pessoa. Primeira semana você ACHA que está descansando, mas está só desacelerando um pouco. Na segunda semana você começa a relaxar, entrar no ritmo das coisas, se acostumar com a vida ao seu redor, sol, calor, chuva, água salgada, passarinhos, guaiamuns, gente, gente da Bahia, música (o baiano não vive sem) mangas em pencas, cajus amadurecendo dia a dia, a Lua que muda e com ela tudo muda, o tempo, a maré o siri que anda, até o corpo da gente muda.

Nossa casa fica na vila de pescadores e como eles são muito comunicativos, são dias de intensa troca com estes seres, infinitamente diferentes dos paulistas. Expansivos, falantes, carinhosos, engraçados a cada dia jorra uma estória diferente, um acontecimento, um problema, uma alegria, uma briga, uma festa...Nossa família lá é demais, super inteligente e com uma energia que transborda. 

pier da Vila de Taipus de Dentro, onde pode-se desfrutar de um incrível Pôr do Sol

o barzinho de suporte ao pier, onde se pode conferir o espírito Baiano

nosso jardim lotado de mangas

O caju do meu cajueiro, o mais doce que comi na vida!

No final comecei a sentir uma leve crise de abstinência da civilização, pé sem areia, café expresso, corpo sem repelente ou protetor solar e até uma ansiedade de produzir alguma coisa. Talvez se ficasse mais tempo essa sensação iria embora e eu descobriria um outro estágio de relaxamento, mas não me permiti, quem sabe um dia...

O livro da temporada foi mudando, o primeiro foi “Assim falou Zaratustra”, fazia tempo estava para ler esse. Embora metade do texto a gente fique na dúvida se alcançou a metade que eu entendi fez sentido, além de ser poético.

"Eu só acreditaria em um deus que soubesse dançar.
E quando vi meu diabo, achei-o sério, íntegro, profundo, solene: era o espírito do peso - todas as coisas caem por meio dele.
Não é com ira, mas com risos que se mata. Avante, matemos o espírito do peso!
Aprendi a andar: desde então deixo-me correr. aprendi a voar: desde então não quero ser empurrado para sair do lugar.
Agora sou leve, agora voo, agora me vejo sob mim mesmo, agora um deus dança através de mim.
Assim falou Zaratustra."

Não é lindo! Mesmo se  não capto todo o significado, o espírito da coisa fica muito claro!

"Para mim, ZARATUSTRA estava a caminho de se tornar um Buda, mas não sei se Nietzche concordaria comigo. 

No entanto chegou uma hora que me deu vontade de ler algo mais fluido e menos pensante. 

Mudei para um livro de descobertas antropológicas, mas era muita informação e pouca reflexão. Nunca gostei de excesso de dados e pouca lógica. 

Mudei de novo, com a intenção de alternar mas o novo livro me pegou e não larguei mais. Estou quase acabando o livro “ Metade do Céu”. 

meu kit praia

Estou aprendendo sobre a vida das mulheres mais oprimidas do planeta. Pode parecer uma leitura pesada e muito triste, mas os autores focam na história das mulheres que saíram desta situação, eles descrevem vários projetos de ajuda, com diferentes abordagens para lidar com diferentes temas, como prostituição, tráfico de mulheres, agressão física e moral, discriminação de gênero. Eles trazem reflexões e dados estatísticos de iniciativas que deram certo e que não deram, além de análises sobre o impacto na economia dos países de inutilizar metade da força de trabalho. 

O livro é um curso sobre empreendedorismo social!

Além disso faz a gente se sentir bem, pois as coisas ruins a gente já sabe, mas é confortante saber que tem um caminho para melhorar tudo isso e que tem gente preocupada e trabalhando para melhorar a situação. Isso trás um alento para o coração. Este livro foi o ingrediente ESPERANÇA das minhas férias.

No meio de tudo isso recebia os informes da minha filha que estava com 3 amigas observando “in loco” essa realidade na Tailândia, Mianmar, Laos e Camboja. Me sinto infinitamente grata e recompensada, por ter uma filha conectada com o mundo e interessada em conhece-lo e entende-lo. Espero que ela faça parte do grupo de pessoas que fazem algo de bom para as pessoas e o planeta. E aí está o ingrediente ÁSIA. 

Ela e criança de Myanmar

Agora me resta ver como eu posso colocar em prática algo que aprendi, talvez possa começar pela Bahia...Deve haver algo que eu possa fazer pelas mulheres de lá!

A seguir todo o roteiro com os melhores picos da região e os acontecimentos da temporada.

Seguimos uma rotina "dura" de café da manhã, praia, surf, passeios, casa, descanso, praia. 

Ao final os surfistas paulistas quase sucumbiram ao cansaço de tanta onda que rolou na temporada, e o antiinflamatório entrou em cena!
 
Surf em Taipus de fora

Pôr do Sol em Taipus de Dentro

Pôr do Sol em Myanmar

Eduardo abastecendo a casa para preparar o jantar no mercadinho local, sempre no fim de tarde entes de chegarmos ao nosso refúgio

Praia de Algodões no melhor bar do local o Tikal, com nossos amigos turistas desta temporada

Almoço com a turma no imperdível no bar do Raul em Saquaíra, Pietro, Nati, Joyce e Flávio

No bar do Raul tem arte nativa, praça dos amigos e WIFI ZONE

Eu a Joyce aproveitando o luxo de um sinal de 3G

Dia seguinte, enquanto os surfers aproveitavam as ondas em Bombaça, eu e as meninas desfrutamos da caminha entre Bombaça e o Bar da Rô. Na minha opinião o trecho mais lindo da região, cheio de diferentes tipos de paisagem, mar aberto, corais, mar de baía, vista do morro, lencóis maranhenses e no final o Rio Carapitangui.


chegando na Barra Grande

a vista de um lugar secreto na Ponta do Mutá, o Nirvana beach club private hotel, mais um pedaço do paraíso na terra

na maré baixa, na foz do rio Carapitangui

relax

Se não volto inteira das férias, algo saiu errado! Tentando fugir da areia quente tentei encurtar caminho e me estabaquei numa cerca de arame! Essa foi a principal escoriação mas foram várias!! A canga prendeu na cerca e eu fiquei parecendo um bezerro enroscado na armadilha! vexame!


Mesmo assim ainda deu para curtir a tarde de bate papo no bar da Rô.
Elas em Bangkok

No nosso ir e vir cruzávamos com Jaime, nosso amigo e caseiro, além de proprietário da melhor companhia de transporte coletivo da região, a Jaime transportes, ele sabe tudo que se passa na região e por conseqüência nós também! De festas, a briga de mulheres, passando por acidentes e mortes trágicas. Seu estilo de reportagem segue a linha Baiana, metade a gente tenta entender e metade a gente desiste. 

Excelente pescador sempre recebemos um camarão e peixe fresco pescado na frente de casa. Apesar da pesca dar um bom rendimento, ele gosta mesmo é da Jaime transportes, onde ele pode conversar com todo mundo e se manter na correria agitando vários pequenos negócios. A pescaria fica para os momentos de sua prática meditativa.

Além de caseiro, operador de transportes, pescador e repórter, ele é também o maior atravessador da região! Se você ou qualquer pessoa precisar de alguma coisa, algum serviço, alguma ajuda, é com ele que se resolve, ele dá jeito em qualquer coisa. 

E assim ele sempre torna nossa visita um experiência antropológica, como falou bem nossa amiga Mila, que teve a oportunidade de ficar um tempo por lá.

Jaime no seu melhor style

As águas cristalinas e as piscinas naturais, ao longo da caminhada entre Taipus de Fora e a Barra Grande

surfer girls em Taipus de Fora

um surfista feliz e sua prancha mágica!

Lá a gente percebe a natureza e seu movimento. 

a canoa no seu abrigo, em frente de casa na baía e Camamu, maré cheia

maré baixa

nosso jardim

meninos e capoeira em Taipus de Dentro
E as meninas em Siem Reap, Camboja


 Enquanto elas lá, eu lia:

"Os jovens muitas vezes nos perguntam como podem ajudar em questões como tráfico sexual ou pobreza internacional. Nossa primeira recomendação é que saiam e vejam o mundo. Para ser eficaz em qualquer ação é preciso entender a questão, e é impossível fazer isso simplesmente com leituras. É preciso ter uma experiência pessoal e até viver onde a questão acontece."

Sou imensamente grata de ter uma filha que quer ver o mundo e compreender as pessoas e a vida!!! 

E assim foram minhas férias na Bahia, junto a natureza e os amigos.

Pôr do sol no meu jardim

A última imagem de mais um pedaço do paraíso na Terra.